El Diario – Bolívia 21 de abril de
2013.
BOLÍVIA
BUSCARÁ CIDADANIA PLENA NA ARGENTINA
Bolívia começará
negociações com o Mercado Comum do Sul (Mercosul) na segunda 29 deste mês, em
Montevidéu, com a finalidade de obter a cidadania plena para seus habitantes na
Argentina, anunciou o vice-ministro de Comércio Exterior e Integração, Pablo
Guzmán.
A autoridade argumentou
que os imigrantes terão proteção no trabalho porque muitas vezes são explorados
nestes países por empresários inescrupulosos.
Segundo dados não
oficiais, residem atualmente cerca de um milhão de bolivianos na Argentina. O
Comitê de Política Internacional e Proteção ao Imigrante da Câmara dos
Deputados calculou que no Brasil residem cerca de 200.000 bolivianos, de acordo
com estimativas do ano passado.
Cabe lembrar que o país
firmou o protocolo adicional de ingresso no Mercosul em dezembro passado, na
cúpula de presidentes dessa organização realizada no Brasil.
Guzmán ainda acrescentou
que “a Bolívia tem milhões de cidadãos bolivianos no Mercosul e nossa obrigação
é zelar por eles. Quando ingressarmos de maneira plena no Mercado Comum do Sul
(Mercosul) estaremos trabalhando temas como a cidadania plena dos bolivianos na
região”.
O que se pode perceber
através de tal notícia, é uma tentativa desesperada do governo boliviano de
ajudar de alguma forma os seus nacionais. Já é conhecida internacionalmente a
situação precária que os trabalhadores bolivianos vivem em alguns países,
principalmente Brasil e Argentina.
Na esperança de alcançar
uma vida melhor, ou até mesmo na maioria das vezes, fugindo da fome, esses
bolivianos chegam a grandes metrópoles de países vizinhos, como São Paulo e
acabam virando prisioneiros escravizados.
Prisioneiros porque chegam
ao país em situação ilegal e temem sofrer algum tipo punição por parte do
governo, como deportação ou até mesmo prisão.
E escravizados, porque se
aproveitando do constante medo dessas pessoas, muito empresários que querem
expandir seus negócios, fazem uso dessa mão-de-obra estrangeira ilegal, que é
extremamente barata, pois eles podem pagar da maneira que quiserem, se pagarem.
É uma situação que não
pode ser prolongada muito mais. O Mercosul deve estudar tal proposta com
bastante cautela, pois a questão é muito delicada. Estamos falando de
escravidão em pleno século XXI. Uma organização respeitada como é o Mercosul,
além de ter o lado comercial bastante organizado, precisa lutar contra
injustiças também. Isso fará com que a organização tenha maior legitimidade,
será vista com mais seriedade pelos outros e como consequência devido à sua
reputação, outros países se interessarão em aderir à mesma.
Por: Mariana Roriz.
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