sexta-feira, 19 de abril de 2013


A Venezuela hoje



O argumento agora é que o país está divido. Isso bem se vê no resultado apertado das eleições ( 50,66% por Maduro e 49,1 por Caprilles). Desde que foi oficialmente aclamado como presidente eleito venezuelano o senhor Maduro, a oposição pede recontagem dos votos sob variadas alegações, uma delas é de que: em mais de 1.000 centros de votação Maduro teve mais votos do que Chávez, isso para Caprilles é impensável. As contestações foram palco de protestos e até de 8 mortes de venezuelanos.
Os Estados Unidos em comunicado se manifestaram a favor da recontagem, a OEA também. O então eleito, informou que não tem medo da auditoria e que a recontagem poderia ser feita. A CNE procedeu com a recontagem dos votos, o que é pedido na lei é que 54% sejam apurados novamente, o conselho quer proceder com a recontagem de 100%.
Hoje, 19/04/2013, Maduro foi empossado como presidente Venezuelano. O que muda? Aparentemente, e de acordo com os discursos da campanha e da posse, possivelmente a política não, essa não muda,será dada continuidade ao que Chávez veio desempenhando ao longo dos seus mandatos. Talvez o que vai ter que mudar é a postura do então presidente, frente ao que já foi falado aqui mesmo neste blog: altas taxas de homicídios, a economia venezuelana, entre outras coisas. No contexto do discurso de posse o presidente se mostrou aberto ao diálogo com a oposição.
O que não mudou também foi o pensamento dos Estados Unidos e do Paraguai, este nem mandou representantes para a posse do líder venezuelano. Aquele ainda considera que com o resultado das eleições o povo venezuelano continuará “sofrendo” com a política herdada de Chávez. Aliás, em relatório anual sobre os Direitos Humanos, os Estados Unidos declaram que a Venezuela foi opressora da liberdade de expressão em 2012.
Realmente são grandes os desafios do Chefe de Governo venezuelano, enfrentar fatores internos, de um país aparentemente dividido, com relevantes problemas e ainda por cima conviver com um dos velhos inimigos políticos no continente,que ainda por cima são seus maiores parceiros econômicos.

Por: Anna Lídia Estrela Costa


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