A GUERRA DO GÁS
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Você entendeu o que se passou?
No dia 6 de maio de 2007, o governo boliviano assinou um
decreto dando o monopólio à estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos
das exportações do petróleo cru reconstituído e de gasolina branca. A decisão
fez com que a Petrobrás que até ali pretendia permanecer no país como
minoritário, optasse por vender 100% de suas refinarias. A proposta brasileira
para venda estava entre US$ 120 milhões a US$ 160 milhões. Durante as
negociações, o governo boliviano fez uma contraproposta de US$ 112 milhões. O
presidente Luís Inácio Lula da Silva (presidente na época) ordenou à Petrobrás,
então, que fechasse o negócio.
Tal atitude do presidente Lula, foi interpretada por muitos
como a conhecida covardia brasileira em enfrentar os problemas de frente. Um país pequeno e sem grande influência como
a Bolívia obviamente não seria grande desafio para o Brasil, caso quiséssemos
impor nossa vontade no outro. Mas qual seria o custo? Com certeza seria alto e
obviamente nosso presidente que não é nada bobo, havia previsto isso. O
desgaste de se entrar em conflito, mesmo que seja com um país sem grande
influência, seria imenso, fora que isso envolveria outras nações e
organizações, o que tornaria tudo mais conflituoso e custoso ainda. O melhor
foi negociar mesmo, o que no fim das contas foi um win-win game.
A presença da Petrobrás na Bolívia já havia se tornado um
ponto nevrálgico nas relações econômicas e políticas entre os dois governos. O
Brasil aceitando a negociação evitou inúmeros problemas com um vizinho que mais
tarde poderia ser um parceiro no Mercosul e a Bolívia saiu da negociação com a
sensação de vitoriosa. Foi uma negociação muito bem sucedida afinal e não mais
um ato de covardia do governo brasileiro, assim como muitos pensaram.
Fonte: http://www.estadao.com.br/especiais/a-guerra-do-gas,340.htm
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