BOLÍVIA ABRE SEUS RECURSOS
NATURAIS E PRODUÇÃO AGRÍCOLA À VENEZUELA
A
Bolívia decidiu abrir seus recursos naturais e potencialidade agrícola ao poder
e necessidade venezuelana, através da constituição de empresas denominadas “Gran
Nacional” que operarão sem restrições para a produção de alimentos, lítio, gás,
petróleo e indústria têxtil e concordaram em aprofundar a presença ideológica
do socialismo e comunitarismo através de suas rádios comunitárias.
Os
acordos foram firmados em momentos em que a Venezuela passa por uma interna e
aguda crise de alimentos e consumo de produtos de higiene.
Os
presidentes da Bolívia, Evo Morales e da Venezuela, Nícolas Maduro, validaram ontem
um memorando de entendimento trabalhado pela II Comissão de Integração Conjunta
durante dois dias na cidade de Cochabamba, onde concordaram aprofundar sua
dependência mútua em matéria econômica, cultural e esportiva, no marco do
sistema econômico socialista do ALBA. Os documentos serão assinados em ato
público este domingo no coliseu da Coroa em Cochabamba.
Os
líderes concordaram em criar uma Grande Nacional de Produção e Comercialização
de Alimentos através da EMAPA e Serviços de Alimentos da Venezuela (Seval).
Suas operações começarão ainda este ano e em 2014. Na Bolívia serão plantados
grãos em 500 hectares em Pailón-Santa Cruz e na Venezuela se fará o mesmo em Guanarico-Estado
Português.
Também
constituirão uma Grande Nacional têxtil de processamento de algodão e linha e o
primeiro passo será que a Venezuela se torne sócia da Enatex (ex Ametex) para a
qual constituirão um Centro de Desenvolvimento e Inovação Têxtil. A outra
empresa constituída é a Grande Nacional de Cimento que começará sob um projeto
em Potosí e outro em Oruro.
A
Bolívia aceitou que a Venezuela seja participante na industrialização do lítio,
assim como também em aprofundar os trabalhos de exploração de reservas de gás e
petróleo bolivianos através da Petro Andina, pré-requisito que a YPFB deve
cumprir em conseguir licenças ambientais para importantes reservas de gás no
Sub Andino Norte e Sul.
Em
discurso de circunstância o presidente maduro disse que “o político e cultural estão
antes de tudo” e a partir de agora as relações bilaterais se regerão com um
mapa estratégico de cooperação que será revisado a cada três meses, onde também
estará imersa a cooperação e a capacitação militar dos países.
Tal
aliança só pode ser encarada de forma benéfica para as duas nações, pois uma
preencherá lacunas da outra e ambas sairão ganhando no fim. Só resta agora
seguir todas as recomendações que cada uma precisa, que o plano logo será
colocado em prática e tem tudo para ser muito satisfatório.
Por:
Mariana Roriz.
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