domingo, 26 de maio de 2013

BOLÍVIA ABRE SEUS RECURSOS NATURAIS E PRODUÇÃO AGRÍCOLA À VENEZUELA

A Bolívia decidiu abrir seus recursos naturais e potencialidade agrícola ao poder e necessidade venezuelana, através da constituição de empresas denominadas “Gran Nacional” que operarão sem restrições para a produção de alimentos, lítio, gás, petróleo e indústria têxtil e concordaram em aprofundar a presença ideológica do socialismo e comunitarismo através de suas rádios comunitárias.

Os acordos foram firmados em momentos em que a Venezuela passa por uma interna e aguda crise de alimentos e consumo de produtos de higiene. 


Os presidentes da Bolívia, Evo Morales e da Venezuela, Nícolas Maduro, validaram ontem um memorando de entendimento trabalhado pela II Comissão de Integração Conjunta durante dois dias na cidade de Cochabamba, onde concordaram aprofundar sua dependência mútua em matéria econômica, cultural e esportiva, no marco do sistema econômico socialista do ALBA. Os documentos serão assinados em ato público este domingo no coliseu da Coroa em Cochabamba.

Os líderes concordaram em criar uma Grande Nacional de Produção e Comercialização de Alimentos através da EMAPA e Serviços de Alimentos da Venezuela (Seval). Suas operações começarão ainda este ano e em 2014. Na Bolívia serão plantados grãos em 500 hectares em Pailón-Santa Cruz e na Venezuela se fará o mesmo em Guanarico-Estado Português.

Também constituirão uma Grande Nacional têxtil de processamento de algodão e linha e o primeiro passo será que a Venezuela se torne sócia da Enatex (ex Ametex) para a qual constituirão um Centro de Desenvolvimento e Inovação Têxtil. A outra empresa constituída é a Grande Nacional de Cimento que começará sob um projeto em Potosí e outro em Oruro.

A Bolívia aceitou que a Venezuela seja participante na industrialização do lítio, assim como também em aprofundar os trabalhos de exploração de reservas de gás e petróleo bolivianos através da Petro Andina, pré-requisito que a YPFB deve cumprir em conseguir licenças ambientais para importantes reservas de gás no Sub Andino Norte e Sul.

Em discurso de circunstância o presidente maduro disse que “o político e cultural estão antes de tudo” e a partir de agora as relações bilaterais se regerão com um mapa estratégico de cooperação que será revisado a cada três meses, onde também estará imersa a cooperação e a capacitação militar dos países.

Tal aliança só pode ser encarada de forma benéfica para as duas nações, pois uma preencherá lacunas da outra e ambas sairão ganhando no fim. Só resta agora seguir todas as recomendações que cada uma precisa, que o plano logo será colocado em prática e tem tudo para ser muito satisfatório.

Por: Mariana Roriz.


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