domingo, 5 de maio de 2013



 El Diario - 05/05/2013

Luta da Bolívia visando o combate às drogas parece frágil aos olhos da União Europeia


O narcotráfico não é um poder que deva ser enfrentado por um único país e não se deve ignorar que na Bolívia “já somos produtores” argumentou o ex-vice-ministro Gustavo Torrico.

A União Europeia considera que a Bolívia está em débil desvantagem frente aos narcotraficantes, pelos recursos e meios com os quais contam para cumprir sua atividade ilícita, e seu representante no país, Francisco García, expressou a pré-disposição da região em prestar apoio ao Governo no futuro.

García afirmou que buscarão apoiar a Bolívia com prioridade na luta contra o narcotráfico porque o Estado Plurinacional não conta com os mesmos recursos ou meios dos narcotraficantes. “Eu creio que sejam prioridades que a Europa vai propor a Bolívia e esperemos que o governo as considere”, acrescentou.

A esse respeito, o vice-ministro do Regimento Interno do Ministério do Governo, Gustavo Torrico, indicou que a Bolívia “estando acompanhada da Drug Enforcement Force (DEA) estadunidense se sentia essa debilidade”, pelo qual a ex-autoridade não acredita que o governo rechace a oferta dos europeus.

Porém, enfatizou que o narcotráfico não é um poder que deva ser enfrentado por um único país, porque todo o mundo está envolvido e assim como não se deve ignorar que na Bolívia “já somos produtores (de droga) pelas fábricas encontradas” e também os  mercados de consumo devem tomar ações em seus próprios territórios.

Essa aproximação entre a Bolívia e a UE deve ser vista de forma bastante positiva não só para o país, mas o mundo. A questão do narcotráfico tem se alastrado por muito tempo e fazendo milhares de vítimas. A Globalização trouxe inúmeros benefícios às nações sem dúvida, estreitou a distância e a comunicação entre elas, possibilitou a facilitação do comércio, a partilha de novas tecnologias e a mistura de culturas. Mas o fenômeno também possibilitou que assuntos internos se espalhassem pelo mundo e sem muito controle, a questão das drogas é um dos reflexos disso.

Como a Bolívia não consegue ter controle sobre o narcotráfico, ele logo se espalhará pelo mundo, se já não se espalhou. Isso afetará outros países que terão problemas para tal combate. É importante que a Bolívia receba ajuda internacional na tentativa de acabar com as ações dos narcotraficantes, pois se ela deixar a situação da maneira que está o país pode se tornar uma segunda Colômbia. E não se pode pensar que as autoridades colombianas não tentaram acabar com a produção e venda de drogas no país, houveram inúmeras ações fracassadas com esse intento, é exatamente por isso que até hoje se tem refugiados colombianos em vários países, principalmente Equador e Panamá, o que causa grande dor de cabeça a esses países. Eles fugiram de seu país, no caso principalmente mulheres e crianças, devido a conflitos internos bastante violentos entre as autoridades e os narcotraficantes que não conseguiram por fim à ação de tais criminosos.
Antes que a situação da Bolívia fuja do controle do governo como aconteceu com a Colômbia, será muito bem-vinda qualquer ajuda.



Por: Mariana Roriz.

Fonte: <http://www.eldiario.net/noticias/2013/2013_05/nt130505/principal.php?n=100&-union-europea-ve-fragil-a-bolivia-en-lucha-antidroga>

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