El Diario – 19 de maio de 2013.
A
COCAÍNA BOLIVIANA TEM QUATRO ROTAS PARA CHEGAR A TRÊS CONTINENTES
Em todas as rotas marítimas a todos os
mercados, os principais meios de transporte são as lanchas rápidas, os iates
privados, as embarcações pesqueiras, os navios de carga e os navios de
transporte de contêineres.
“A cocaína peruana e boliviana passa
por vários países da América do Sul, na qual fica uma parte para o mercado
interno e logo é transportada, através do Caribe, Ásia e Oriente Médio,
assinala o informe sobre “O problema das Drogas nas Américas” apresentado na
quinta-feira 16/05, pela Organização dos Estados Americanos (OEA).
Este informe de 400 páginas foi
entregue pelo secretário geral da OEA, José Miguel Insulza, ao presidente da
Colômbia, Juan Manuel Santos em um ato realizado na Casa de Nariño, sede do
governo colombiano.
Este documento está composto por duas
dimensões: a Analítica e a de Cenários, e faz uma revisão da realidade que os
países do continente enfrentam com relação ao fenômeno das drogas. Está
disponível na página da web da OEA. Este meio tentou obter uma opinião sobre o
tema, do vice-ministro de Segurança Social, Félipe Cáceres, mas não foi
possível falar com ele sobre o assunto porque seu celular se encontrava
ocupado.
As rotas
Essa compilação de informes de várias
organizações regionais que trabalham na luta contra o narcotráfico ou que estão
relacionadas ao assunto, assinala que a cocaína peruana e boliviana flui para a
Europa ao longo de várias rotas.
Uma via é o Oceano Atlântico,
atravessando o Caribe e ingressando na Europa, de preferência através da
Espanha e Portugal.
A segunda via iria desde a América do
Sul ao Cabo Verde e as Ilhas Canárias, até chegar à Europa, principalmente
através de Portugal.
A terceira é conhecida como a “rota
africana”, que vai desde a Venezuela e outros pontos da América do Sul, a
países da África Ocidental e então para Portugal e Espanha.
Finalmente a rota que vai desde o
Brasil à Venezuela e Equador, até os portos da Espanha, Países Baixos e
Portugal.
A Interpol assevera que a rota da
África Ocidental se tornou mais importante durante os últimos dez anos através
de países como Guiné Bissau, Guiné, Senegal, Serra Leoa e Mali, e logo a
Europa. No entanto, o Escritório das Nações Unidas Contra a Droga e o Delito (Onudd),
indica que, segundo dados recentes sobre confiscos e prisões, há havido uma
provável diminuição do uso desta rota.
Em todas as rotas marítimas, a todos
os mercados, os principais meios de transporte são as lanchas rápidas, os iates
privados, as embarcações pesqueiras, os navios de carga e os navios porta-contêineres.
Estes últimos apresentam um desafio particular para a detenção do carregamento
e além do mais tem um enorme potencial para carregar grandes volumes.
O tráfico pelo ar utiliza pessoas como
transportadores (conhecidas como “mulas”) quando viajam por companhias de
linhas aéreas. Os aviões controlados pelos narcotraficantes usam uma ampla
variedade de métodos; por exemplo, lançando a cocaína em águas internacionais,
de onde pode ser recolhida por barco, aterrissando ou lançando a cocaína pelo
ar em zonas remotas da América Central ou Caribe, e quando se trata de longas
distâncias, contam com aviões adequados transportando a cocaína até a África.
O transporte terrestre, por sua vez,
ocorre na América Central e México até chegar aos mercados dos Estados Unidos e
Canadá, assim como por terra desde a região andina para o consumo na América
Latina e seu envio à Europa e outros lugares do mundo.
O confisco de cocaína na Europa tem
diminuído entre 2006 e 2009, de acordo com o Observatório Europeu da Droga e da
Toxicodependência (OEDT), mas a prevalência e preço de mercado por grama (de
pureza desconhecida), se mantêm estáveis, o que sugere que a redução das
apreensões não indica uma redução do fluxo.
Postado por: Mariana Roriz.
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